Nos últimos anos, o burburinho global em torno do hidrogênio tem sido difícil de ignorar. Uma economia baseada em hidrogênio, ao invés de combustíveis fósseis, é um dos pilares do Acordo Verde Europeu. Além disso, tanto a Austrália quanto a Alemanha, assinaram um Acordo de Hidrogênio para acelerar o desenvolvimento dessa indústria.
A remoção de barreiras regulatórias é certamente uma chave para ajudar a economia do hidrogênio a decolar – a outra é ajudar a criar demanda. Chegou a hora de levar as soluções de hidrogênio à aplicação comercial, argumenta Bielinski. “Se pudermos reduzir o custo unitário do hidrogênio alcançando escala na produção, então começa a ficar interessante para todos. Não há dúvida sobre isso, produzir hidrogênio verde hoje é caro. O objetivo para nós é reduzir para AUS$ 2 o quilo”, diz ele. Esta é a meta para 2030 estabelecida na Estratégia Nacional de Hidrogênio da Austrália.
“No momento, é uma situação de galinha e ovo”, diz ele. “Precisamos investir em infraestrutura de hidrogênio e precisamos da demanda. Sabemos que, em 2050, uma parcela realmente significativa de nossa energia virá do hidrogênio, mas como chegar lá, como se sustentar com os próprios pés?” Uma das soluções vem na forma de um eletrolisador de 1,25 megawatts, que a Siemens Energy encomendou recentemente para seu cliente Australian Gas Infrastructure Group (AGIG).
“O que realmente está fazendo a diferença dessa vez é a queda no custo da eletricidade renovável”, explica o executivo-chefe da AGIG, Craig de Laine, para quem o hidrogênio é a chave para a transição de seus negócios a um futuro de baixo carbono. “O segundo aspecto para tornar a produção de hidrogênio verde mais econômica são os custos de capital dos eletrolisadores, que cairão à medida que a demanda crescer. O terceiro fator é manter o eletrolisador funcionando. Se você usá-lo apenas algumas horas por dia, cada quilo de hidrogênio produzido será caro. Portanto, você precisa de energia renovável barata e prontamente disponível, idealmente com energia solar e eólica se complementando.”