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Conheça processos alternativos para um desenvolvimento energético sustentável
A crescente preocupação com a preservação do meio ambiente e a escassez de ativos minerais não renováveis em um futuro próximo tem feito governos e indústrias procurarem alternativas para promover energia e desenvolvimento sustentável.
No centro desta discussão está a criação de um plano global que proporcione a substituição da matriz energética atual não renovável como petróleo e carvão pela matriz de energia limpa baseada na captação de luz solar, ar e água de pequenos rios e represas.
A mudança da matriz energética atual para um modelo que seja menos agressivo ao meio ambiente tem um papel primordial para que a sociedade consiga implementar eficiência de energia e desenvolvimento sustentável no âmbito global.
De acordo com artigo de Pietro Erber, diretor do INEE - Instituto Nacional de Eficiência Energética, hoje a principal matriz energética usada no mundo são combustíveis minerais e seus derivados como,por exemplo, gás e petróleo. Mudar toda a cadeia de produção, que inclui meio de transporte, maquinários e bens de consumo está no cerne do uso de energia limpa no processo de desenvolvimento sustentável. Apesar de alguns países e indústrias europeias já colocarem em prática ações para diminuir gradualmente a dependência das matrizes energéticas atuais, há países periféricos em que a extração e o comércio de petróleo e seus derivados são o eixo da economia, o que torna o processo de troca de matriz energética mais lento.
A adoção de matrizes energéticas limpas e renováveis, tem como impacto no longo prazo a preservação de florestas, oceanos e a produção de alimentos, pois haverá menos desmatamentos para a construção de hidroelétricas e emissão de gases que hoje implicam no aquecimento global e no efeito estufa, o que ocasiona um efeito cascata em todo o bioma do planeta.
O conceito de Desenvolvimento Sustentável surgiu em 1983 durante uma série de debates da Comissão sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU. Nestes debates, especialistas definiram Desenvolvimento Sustentável com a seguinte frase: “Uma sociedade sustentável satisfaz as necessidades do presente sem sacrificar a capacidade de futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades”.
Devido a dependência da produção de energia a partir de combustíveis fósseis, a Comissão desenvolveu alguns objetivos que deveriam nortear governos e empresas na busca da preservação do planeta, são eles:
- Os países desenvolvidos devem diminuir o consumo e exploração de recursos naturais não renováveis e encontrar alternativas sustentáveis;
- Os países em desenvolvimento devem criar políticas de modernização industrial que contemplem a preservação do meio ambiente, adotando matrizes energéticas renováveis.
Há dois motivos para que empresas e governos apostem em políticas e novas tecnologias adaptadas a matrizes energéticas de energia limpa como biomassa, solar, eólica e hídrica: a preservação do meio ambiente e a escassez de recursos minerais fósseis.
Na questão da preservação do meio ambiente, é necessário criar alternativas energéticas no processo de desenvolvimento sustentável que causem menor desmatamento, agressão ao solo e combustíveis que emitam menos gases nocivos à biosfera como parte do plano de diminuir o impacto do aquecimento global.
No âmbito da escassez de recursos minerais fósseis, devido alto consumo de derivados do petróleo, acredita-se que a não regeneração desses recursos possa levar a economia ao colapso em algumas décadas.
O Brasil é um dos países do mundo mais promissores quando se aborda a utilização de energia limpa no desenvolvimento sustentável. Além das estações de captação de energia eólica e solar que estão sendo construídas no Nordeste, existe o incentivo à criação de usinas hidroelétricas compactas para diminuir o impacto ambiental em regiões ribeirinhas.
A substituição do petróleo e combustíveis derivados também avança: o país está em fase de estudos para a troca do Diesel por óleos vegetais. Com essa tecnologia, a previsão do Núcleo de Assuntos Estratégico (NAE), ligado o Governo, é que a emissão de gases nocivos caia entre 40% e 60% em relação aos índices atuais.
Mudar a matriz é essencial para um desenvolvimento sustentável energético a longo prazo que preserve o meio ambiente. Alternativas há, o que falta no momento é o investimento mais robusto de governos e empresas em novas tecnologias como a Siemens Energy tem feito com o seu plano de redução de emissão de CO2 e descarbonização dos países até 2030.